Com investimento de R$ 216 milhões, nova unidade transforma resíduos da cana e esterco animal em gás renovável, criando um ciclo de economia circular e descarbonização
Quarenta e cinco anos após sua fundação, no auge do Proálcool, a Cocal dá mais um passo histórico no cenário energético brasileiro. A empresa inaugurou em Paraguaçu Paulista, uma das maiores plantas de biometano do país, com capacidade para produzir até 60 mil m³ diários do gás renovável durante a safra – suficiente para abastecer uma frota de mais de 2.000 caminhões.
A Broto News, testemunha do desenvolvimento industrial da região, parabeniza a Cocal por este monumental investimento em nossa cidade e no Oeste Paulista. Projetos desta magnitude não apenas consolidam nossa posição no mapa da inovação sustentável, mas geram empregos, renda e colocam Paraguaçu Paulista na vanguarda da transição energética nacional.
Tecnologia e Sustentabilidade: Do Resíduo ao Combustível Nobre
A nova planta representa um investimento de R$ 216 milhões, viabilizado em parceria com o BNDES, e opera com um conceito avançado de economia circular. A matéria-prima inclui vinhaça e torta de filtro (resíduos da produção de cana) combinados com esterco animal da Granja Shida, vizinha à unidade.
No modelo "over the fence" (além da cerca), as empresas estabeleceram uma simbiose industrial:
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A Granja Shida fornece esterco e efluentes para a Cocal;
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A Cocal devolve biometano para operar aquecedores de aves e energia renovável para a granja.
"Esse projeto significa a geração de empregos e a expansão do biometano na matriz energética da região, com diminuição no consumo de combustíveis fósseis em São Paulo", afirma Carlos Ubiratan Garms, membro do conselho de acionistas da Cocal. "Com nossas duas plantas em atividade, nossa região se torna uma das principais produtoras de biometano do mundo".
Descarbonização em Marcha
A distribuição do biometano será feita através de GNC (gás comprimido em cilindros), permitindo que qualquer cliente industrial ou comercial tenha acesso ao gás renovável. A longo prazo, a meta é ambiciosa: os próprios caminhões de entrega passarão a operar com biometano, substituindo o diesel e fechando um ciclo praticamente livre de emissões.
Com a entrada em operação da nova unidade, a Cocal projetava:
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68 equipamentos operando com biometano até o final da safra 2025/2026;
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Redução de aproximadamente 2 milhões de litros de diesel;
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Expansão do uso do combustível verde no transporte de etanol e açúcar até o porto.
O Legado que Fertiliza o Futuro
Após a produção do biogás, as matérias biodigeridas transformam-se em biofertilizantes ricos em nutrientes, que retornam aos canaviais – um avanço na agricultura sustentável que reduz ainda mais a emissão de gases poluentes.
A primeira planta de biogás da Cocal, em Narandiba, já opera desde 2021. Juntas, as duas unidades consolidam o Oeste Paulista como polo global de biocombustíveis avançados, demonstrando que o futuro energético do Brasil pode ser renovável, sustentável e economicamente viável.
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